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[resenha] Capitã Marvel: A origem de uma super-humana

Atualizado: 8 de mar. de 2019

Depois de anos de espera, o primeiro filme solo da Marvel protagonizado por uma mulher finalmente saiu. E como saiu! Capitã Marvel vem causando barulho desde suas primeiras imagens e trailers. “Será que a Casa de Ideias vai conseguir entregar um filme consistente e que faça jus à personagem que é uma das mais fortes dos quadrinhos?” era uma dúvida constante e que foi sanada da melhor forma.


Capitã Marvel é uma história de origem, mas, ao contrário de alguns outros enredos em que o personagem já tem sua personalidade bem definida e o espectador vai sabendo mais sobre ele no decorrer do filme, Carol ainda não sabe bem quem é. E é aí que entra o ponto-chave da história: nós conhecemos e descobrimos quem é Carol Danvers junto com a própria personagem.


Muito falou-se sobre a falta de personalidade da protagonista e tenho por mim que ninguém que tem a memória apagada e só se lembra dos últimos seis anos sabe exatamente quem é e para onde está indo. Essa é a verdadeira magia de Capitã Marvel, a luta interna que Carol trava consigo mesma em busca de descobrir quem ela é, qual seu lugar no mundo e qual luta deve lutar.


As cenas de ação não tiram o fôlego, apesar de serem bem executadas, mas as cenas de reflexão e ascensão da personagem fazem brilhar os olhos de qualquer um, principalmente das mulheres. Quando Carol se vê – mais uma vez – tida como fraca e desacreditada de sua própria força, e se recorda de todas as vezes que se levantou depois de um tombo para enfrentar seu oponente – seja ele um obstáculo numa corrida de kart quando criança ou um grupo de homens que se achavam superiores no exército – é impossível não se enxergar na personagem e entender o significado da cena não só para o filme, mas para o novo universo que está sendo criado, um universo em que garotas e mulheres se sentirão representadas pela figura máxima de uma história.





Sobre o plot do filme, esqueça tudo o que você acha que sabe. A reviravolta até dá pistas no meio do caminho, mas acontece de forma inesperada e é fundamental para que a Capitã Marvel e todo o seu poder realmente apareçam na telona.


Brie Larson consegue traduzir as incertezas, a força e, principalmente, a humanidade de Danvers, uma heroína que erra, desconfia e se descabela, mas que também é teimosa e conhece sua força. Samuel L. Jackson brilha no filme, entregando uma versão mais nova e cheia de aspirações de Nick Fury, que tem cenas maravilhosas com a gatinha Goose.

Outra relação importante no longa é a de Carol com Maria Rambeau, sua melhor amiga na Terra, e sua filha Mônica, que dão novos significados às palavras amizade, sororidade e família de forma maravilhosa.


Os efeitos 3D têm uma qualidade absurda, assim como o visual dos personagens, que nos ambientam na década de 90 de forma natural, sem estereótipos e exageros.


Em tese, Capitã Marvel, mesmo não tendo a narrativa mais empolgante do mundo, é um filme importantíssimo tanto para o Universo Cinematográfico da Marvel como para a indústria como um todo e para quem assiste. A esperança é que, com a consolidação da personagem nos cinemas, outras muitas Carols, Natashas, Dianas e Gamoras surjam por aí e que tanto nós como as futuras gerações possam se enxergar cada vez mais na pele de mulheres poderosas.


Por: Talita Pauletto

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