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REVIEW - THE WITCHER TEMP 1

Toss a coin to your Witcher, oh valley of plenty, oh valley of plenty, ohhhh... Dê um trocado pro seu Bruxo, oh vale abundante, oh vale abundanteeeee! Se essa música, seja a versão original ou brasileira, não grudou no seu ouvido, então você assistiu a série The Witcher de maneira errada!


Hora da review da Batclopedia sobre essa série que estreou na Netflix e está dando o que falar. Não vamos perder muito tempo explicando sobre o que a história de The Witcher se trata, afinal resumimos muito bem na nossa resenha do primeiro livro dessa saga de fantasia, O Último Desejo, no qual a série se baseia. Procure em nossas abas se quiser saber mais sem spoilers! Ou seja, teremos spoilers aqui!


Devidamente avisados, vamos começar direto com nossa opinião pessoal sobre essa primeira temporada: A série entrega muito bem o que se propõe e apresenta personagens incríveis, porém se perde um pouco quando tenta ir além de suas limitações econômicas ou quando tenta realizar algo épico demais para tentar impressionar o público de primeira, quando deviam desenvolver melhor a situação sem se precipitar.

A partir do momento que a série se concentra numa história mais simples, produz episódios maravilhosos, como foi com o quinto episódio. Então, como primeiro mencionaremos os pontos positivos, nada melhor do que começar falando justamente desse quinto episódio, de longe um dos melhores da série na companhia do piloto. Baseado no conto de O Último Desejo, a produção está impecável, o ritmo entre drama e comédia funciona perfeitamente, e ainda temos a primeira interação de Geralt com Yennefer. Sejamos sinceros, Yennefer podia ser muito bem a protagonista principal da série. A personagem interpretada por Anya Chalotra simplesmente rouba todos os episódios em que aparece, aliás no último e mais importante episódio da temporada, mal temos Geralt em cena, é Yennefer quem dita o ritmo o tempo inteiro. Anya impressiona como atriz, se destacando ao lado de Henry Cavill. Ambos possuem boa química juntos, e quando separados parecem um chamar pelo outro.

Os elementos fantásticos, a coreografia nos combates, e a trilha sonora são outros fortes pontos positivos. Os embates com espadas são brutais, rápidos, intensos e criveis. As mágicas que surgem uma vez ou outra também são bem vistas, criativas e com objetivo tático, seja para ser uma investida contra o inimigo ou um método de fuga como Yennefer faz com seus portais.



Uma coisa que é bastante presente nos livros é o drama e preconceito que alguns personagens sofrem de acordo com sua raça ou profissão, e isso a série soube trabalhar muito bem em vários momentos. No sexto episódio onde estão indo na caça de um dragão conseguimos visualizar isso muito bem. Pena que o peso emocional acaba desabando quando temos o primeiro vislumbre de um dragão produzido pela CGI que conseguiram pagar. É no mínimo bizarro olhar aquela lagartixa dourada que colocaram em cena. Bem, já que estamos aqui, hora de falar dos pontos negativos.

Os efeitos visuais não são bem um problema. As criaturas são legais, principalmente num local mais escuro. Porém, quando tentam ir além dos limites, acabam produzindo algo bem deprimente, e essa é a primeira crítica, tentar impressionar sem se importar em se precipitar. Sério, esse conto onde envolve a procura de um dragão é um dos mais interessantes do livro. É injusto comparar, mas simplesmente não era o momento dessa história aparecer. Podiam deixá-la para uma próxima temporada, por exemplo.

No último episódio temos esse mesmo problema. Sim, ele possui cenas memoráveis, Yennefer e as outras magas brilham em vários momentos, mas você consegue se lembrar do nome de todas elas? Consegue se lembrar do nome do mago que pediu ajuda a Yennefer no início do episódio? Não, não é? Isso porque a série mais uma vez se precipitou em colocar a batalha do Monte Sodden (um evento realmente épico) logo na primeira temporada e em um único episódio! Mal desenvolveram os personagens, tanto é que quando um deles morre, mal damos importância, não temos ligação forte com nenhum deles. Talvez um pouco com a Triss ou com a reitora Tissaia, de resto é só mais uma morte brutal que assistimos.


Outra coisa que incomoda são os diálogos teatrais, e o primeiro encontro de Geralt e Ciri. Sim, é um momento emocionante, todo o arco de Ciri e sua jornada é de incrível superação e mistério, mas não era para se encontrarem ali, ou melhor, naquela região. Lembram-se da Floresta de Brokilon? Pois é, ela é muito mais importante do que mostrado em poucos minutos na série, e é lá que Geralt encontra a criança prometida si pela Lei da Surpresa. Obviamente nem tudo será igual aos livros, e até gostamos das variações que a diretora Lauren Schmidt adiciona, mas essa em particular é muito essencial para a história. Aliás, é o motivo mais forte que dá significado para o título do conto em que o encontro acontece: A Espada do Destino. Veremos como tratarão isso no futuro.



Antes de terminar, não podemos deixar de falar das famigeradas linhas temporais que existem ao decorrer da temporada. Particularmente, isso não chega a ser um defeito, só é confuso mesmo. Dá para entender o porquê a diretora escolheu essa narrativa, mas na prática não ficou tão legal. Para quem não leu os livros ou sabe o mínimo, é confuso demais. Acredito que muita gente desistiu no segundo episódio, que aliás é um dos mais chatos, mal explicados e mal narrados, se não for o pior. Poderia haver outro método mais simples de contar a história.


Para uma primeira temporada não é de todo ruim, mas espera-se que evoluam nas próximas, afinal possuem uma história riquíssima em mãos, que deve ser explorado ainda mais. Senti falta de uma expansão do universo maior da diretora, que se concentrou muito nos contos originais. Poderia, por exemplo, apresentar outros bruxos e outras escolas de bruxos. Talvez isso venha na próxima temporadas, já que provavelmente teremos Vesemir e Kaer Morhen.

E essa foi nossa review. Uma excelente série, mas que peca em alguns pontos importantes, ainda assim com boa aceitação do público e um futuro promissor! Que venha mais temporadas e não se esqueça... dê um trocado pro seu Bruxo...



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