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[Resenha] 4ª Temporada de Lúcifer

Lúcifer foi uma série baseada no Lúcifer Morningstar das HQs de Neil Gaiman, passou 3 temporadas na Fox e após ser cancelada foi resgatada pela Netflix, a série sempre teve um tom divertido que lembrava Castle, por ter um cara rico e excêntrico acompanhando uma detetive de polícia em suas investigações e por sempre ter o tom de romance entre os dois personagens.


Não dá pra negar que Tom Ellis deu a Lúcifer o sotaque e o charme que cativaram uma grande audiência, ainda assim o roteiro da série estava decaindo e o hype passou na terceira temporada, apesar disso o final entregou um novo plot que poderia chamar a atenção novamente, Chloe finalmente descobriu que tudo o que Lúcifer dizia era verdade e que ele era de fato o Diabo. Os fãs ficaram indignados com o cancelamento e a Netflix salvou o dia.



Apesar da ótima notícia, ainda existia a possibilidade de que as mudanças que a série sofreria inevitavelmente fossem negativas, para começar a quantidade de episódios caiu consideravelmente, o que diminuiu o espaço para trabalhar a história, mas na Netflix existiam menos regras quanto a “vulgaridade” da série, isso não mudou muito, mas acabou dando um tom mais relaxado em comparação às temporadas anteriores.

Quanto a preocupação de que a série perderia o tom que tinha na Fox, podemos dizer que, na verdade é como se a primeira temporada tivesse voltado, a dinâmica entre Lúcifer e Chloe mudou e podemos ver esse recomeço, os personagens secundários como Maze, Linda, Ella, Amenadiel e Dan tiveram espaço para suas histórias e desenvolvimento como personagens.


Lúcifer entrou numa nova crise de identidade, sem entender qual era seu lugar no mundo, afinal ele tinha o trabalho de punir aqueles que faziam coisas ruins, mas Chloe havia mostrado um caminho novo para fazer aquilo e ele ganhara suas asas de volta, as coisas mudaram quando ele cometeu seu primeiro assassinato. Nessa temporada ele precisa descobrir quem ele é, comparando o Lúcifer do início dos tempos, conhecido por Eva e o Lúcifer que se tornou após conhecer Chloe.



O roteiro trabalhou bem tanto a profecia que se tornou o plot principal quanto a forma como vemos os “vilões” e “heróis” da história, o que a série sempre fez muito bem. Talvez tenhamos perdido um pouco em questão de espaço para mostrar melhor as relações de alguns personagens, como Linda e Amenadiel, Maze e Trixie — a filha da detetive acabou perdendo bastante espaço nessa nova temporada — e até mesmo Lúcifer e Eva, mas vale a pena continuar assistindo a série.


A verdade é que essa nova temporada renovou os ânimos quanto a série, trabalhou bem o plot introduzido no fim da terceira temporada e deu um bom fechamento para a temporada. A netflix conseguiu fazer algo raro, fechar a série de forma que poderia dar um final fora do convencional, mas satisfatório caso ela fosse cancelada e, ao mesmo tempo fazer uma boa abertura para a próxima temporada, caso ela aconteça.


Por Carolina Saab

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