[Resenha] Good Omens

Good Omens é uma série baseada no livro de Neil Gaiman que tem os mesmo nome, a primeira temporada dessa série já chamava a atenção antes de chegar a Amazon, afinal com o sucesso de Lúcifer e American Gods — séries baseadas em obras do mesmo autor — direção de Douglas Mackinnon, roteiro do próprio Neil Gaiman e com David Tennant e Michael Sheen como os personagens principais a expectativa cresceu.

A história da série é sobre a chegada do fim do mundo. Quando Crowley (David Tennant), um demônio descobre que à Terra pode acabar, ele se junta a Aziraphale (Michael Sheen), um anjo e forma uma aliança improvável para impedir o Armagedom e proteger as vidas que eles construíram no mundo mortal. O problema é que eles perdem o Anticristo, um menino de 11 anos que não sabe que foi criado para trazer o apocalipse. Isso faz com que eles embarquem em uma aventura para encontrá-lo e salvar o mundo antes que seja tarde demais.

A série é leve e divertida, mostrando o desenvolvimento da relação dos dois através dos tempos. Neil Gaiman, como sempre, consegue manter os acontecimentos inesperados, mesmo quando não parece estar escondendo nenhuma reviravolta. A atuação de Tennant e Sheen é incrível, trazendo para a tela um casal com uma dinâmica única.

A trilha sonora tem músicas do Queen, então é impossível criticar, a única parte é quando as músicas acabam, mas cada música cai perfeitamente com os acontecimentos. A trilha, junto com o sentimento de poucos dias pro fim do mundo e de que você ainda precisa de muitos elementos para entender direito como a história vai se encaixar e de saber o que falta para que tudo caia no lugar, mas ainda assim esperar pra ver como isso acontece na série, de se envolver com os personagens cativantes me lembrou muito a atmosfera de Umbrella Academy, portanto, se você gostou da série, talvez Good Omens também te interesse.

Neil Gaiman decidiu fazer algo importante sem chamar a atenção para isso, o fato de ele não se importar com as normas ideias de gênero ao formar o elenco — contratando atores e atrizes que se destacavam mais nos testes — trouxe um tom natural a uma história cheia de elementos que já foram ensinados a nós na sociedade, afinal são histórias bíblicas e a religião Cristã é a mais conhecida no mundo.

A série vale muito a pena, encaixando harmonicamente cada parte da produção, o final deixa em aberto o futuro dos personagens, o que animou os fãs, mas infelizmente Neil Gaiman comentou que não pretende levá-la a uma segunda temporada.