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Quem não acredita no poder do bom e velho “boca a boca” certamente não ouviu (ou leu) sobre um dos novos terror farofa queridinhos do público e da crítica: Ready or Not. O longa, que teve um orçamento de US$ 6 milhões (baixíssimo para os padrões de grandes produtoras internacionais), fez uma estreia mundial discreta, mas pouco a pouco foi ganhando o coração da crítica e acabou virando um dos longas mais comentados dos últimos meses na internet.
Ready or Not conta a história de Grace (Samara Weaving), que acabou de se casar com seu noivo milionário e agora precisa ser aceita pelos Le Domas, a família milionária e misteriosa de seu companheiro. O empasse começa como uma clássica diferença de ideais entre o “mundo real” e o “mundo dos ricos”, mas, aos poucos, a trama vai ganhando contornos um pouco mais radicais.
Para ser “aceita” Grace precisa participar de uma noite de jogos com a família e o jogo em questão é definido por um “espírito amigo” da família. Tudo parecia fácil, até que a carta escolhida pela recém-casada exibiu “a escondida”. O que parece ser um pique-esconde comum vira um banho de sangue no momento em que todos percebem que a noiva precisa não só ser achada, mas também morta.
Noiva em fuga? Donzela em perigo? Mocinha amedrontada? Esqueça! Forte candidato a ser meu terror farofa preferido da vida toda, em Ready or Not Samara apresenta uma atuação envolvente e extremamente carismática, que faz você se apaixonar por Grace, sua coragem, inteligência e humor ácido.
Nas entrelinhas e de um jeito bem escrachado, daqueles que se você estiver desavisado só vai rir da piada e depois esquecer, o filme também cutuca a ferida do tradicionalismo e da imposição de modelos familiares que atravessam décadas e insistem em continuar com atos e pensamentos desrespeitosos e doloridos para quem está na margem.
Se está na dúvida, prepare a pipoca agora mesmo e não deixe passar desapercebido uma das estreias mais legais do ano!
Por: Talita Pauletto