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[RESENHA] Triple Frontier é Uma superprodução para ver em casa




A Netflix tem investido cada vez mais na produção de filmes e a aposta da vez é Triple Frontier (traduzido para Operação Fronteira). O que antes era algo esporádico e contava com apostas baixas do streaming, agora atinge outro patamar. Prova disso é o aclamadíssimo Roma, dirigido por Alfonso Cuarón e vencedor de três estatuetas no Oscar este ano.


Os elencos compostos por atores geralmente menos conhecidos também ficaram de lado e os longas passaram a contar com figurinhas bem populares para o público, como Sandra Bulock em Bird Box, e Jennifer Aniston em Dumplin, algumas das produções mais recentes da Netflix.


A superestreia do mês, Triple Frontier, conta com um elenco que faria qualquer um sair de casa e procurar o cinema mais próximo, se fosse o caso. Oscar Isaac, Pedro Pascal, Charlie Hunnam, Garrett Hedlund e Ben Affleck, tá bom pra você?


O longa conta a história de cinco veteranos das forças armadas norte-americanas que estão se virando como podem para (tentar) manter uma rotina normal fora da vida militar. Pope (Oscar Isaac) é o único que continua na ativa como atirador de elite e, ao descobrir o local em que um dos maiores traficantes da América Latina guarda todo o seu dinheiro, reúne os amigos para uma missão secreta.


O que seria uma missão com apoio da polícia local torna-se na verdade um grande roubo, na qual os cinco amigos enxergam a oportunidade perfeita de usar todas as suas habilidades táticas e finalmente levarem uma vida luxuosa e recheada de milhões de dólares.


A ganância que levou ao ato é a mesma que, ao decorrer do filme, faz com que os cinco passem por poucas e boas e, aos poucos, basicamente tudo dá errado. Com isso, embora o filme seja vendido como um longa de ação, o drama que guia os personagens a tomarem diversas decisões complicadas passa a ser um dos destaques do filme e ganha bastante tempo de tela. As cenas de ação são ótimas, os atores caem naquele universo como uma luva mas, infelizmente, elas são muito poucas, confesso que senti falta de perder um pouco mais o fôlego e estava ansiosa para ver mais.


Com um roteiro que não explora todos os pontos necessários, como a motivação dos personagens, acabamos por acreditar que a motivação é exatamente a busca pela adrenalina, pela ação que deixaram de ter assim que saíram das forças armadas.


Oscar Isaac prova que é impecável como líder do grupo e protagoniza grande parte das cenas tanto de ação como de drama, Affleck, Hunnam e Pascal conseguem fisgar pelo carisma e background carregado de decepções dos personagens, já Hedlund apresenta com Benny um personagem elétrico, diferente do que estamos acostumados a vê-lo fazer, o que foi uma grata surpresa.


Em suma, Triple Frontier é um filme que tem todos os elementos necessários pra uma superprodução que deixaria James Cameron completamente infeliz em sua guerra contra filmes produzidos para streaming, porém entrega um pouco menos do que promete. A parte boa é que o gostinho de quero mais pode ser saciado com uma sequência que corrija os erros do primeiro filme e amplifique os muitos acertos, como elenco, trilha sonora e um visual incrível. Já estou ansiosa pelo próximo!


Por: Talita Pauletto

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