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Sinceridade e encanto se encontram em Rocketman


Desde que surgiram as primeiras notícias sobre Rocketman, um filme biográfico de Elton John estrelado por Taron Egerton, confesso que quase explodi de curiosidade para ver o resultado. Até porque os primeiros materiais do longa foram divulgados justamente quando o cantor e o ator começaram a se apresentar cantando juntos em pequenas celebrações, como na after party do Oscar deste ano.


Minhas expectativas, que eu tentei manter num nível médio, foram então superadas. Rocketman é um musical brilhante em todos os sentidos. O primeiro mérito do filme é assumir o gênero de musical, que coube como uma luva na narrativa construída. Em algumas cenas, até a família do protagonista canta e dança, mas é tudo construído de forma tão orquestrada que o espectador não sente estranheza. Muito contrário, precisa se segurar na poltrona para não dançar também.





A interpretação de Taron Egerton é impecável, com a ajuda da caracterização – que reproduziu fielmente diversos figurinos do astro – até o jeito de andar do ator nos fazia enxergar Elton em todos os seus altos e baixos, completamente extremos no filmes.

Vale também reforçar que todas as músicas também foram cantadas pelo ator, que apesar de ter um timbre muito parecido com o de Elton, consegue acrescentar ainda mais personalidade a cada uma das canções. Falando em voz, não tem como não citar os atores mirins Matthew Illesley e Kit Connor, que também dão um show de interpretação, tanto cantando como atuando.


O roteiro do filme explora as maiores alegrias e as os momentos mais dolorosos da vida de Elton John, passando pelo relacionamento conturbado com John Reid (Richard Madden) e nos presenteando com o retrato emocionante da amizade entre o cantor e o compositor Bernie Taupin (Jamie Bell). Inclusive, é da dupla umas das interpretações mais singelas e emocionantes do longa com a icônica Your Song.





Rocketman fala abertamente das drogas, do sexo, do alcoolismo e dos problemas familiares enfrentados pelo astro sem medo de desagradar e acerta em sua sinceridade. A montagem da canção-título do filme consegue emocionar ao contar um dos momentos mais pesados da trajetória de Elton John.


Brilhante, envolvente, sonhador e emocionante, Rockeman faz jus à figura homenageada sem deixar de lado as técnicas que compõe um bom filme. Assista assim que puder e leve um lencinho no bolso.

Por: Talita Pauletto

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