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Yesterday: singelo e apaixonante, assim como os Beatles

Dá para imaginar um mundo sem Beatles?


Eu sei é difícil, não dá para pensar na história da música sem essa banda que com suas músicas simplistas revolucionou o rock, uma década e várias gerações. Mas, “Yesterday”, filme que chega hoje nos cinemas brasileiros, conseguiu responder essa pergunta, trazendo a memória do espectador o quão lendário os Beatles são.



Bem, ficamos acostumados com os filmes homenageando com maestria as lendas da música, a exemplo de “Rockteman", mas esse novo filme é totalmente diferente. Não existe Beatles e apesar desse ser o cerne do enredo, por incrível que pareça, não é o núcleo central. A história conta a vida de Jack, um jovem não muito afortunado, que vem tentando conquistar uma carreira como cantor, o que não é nada fácil. Mas tudo muda com um blecaute e de um acidente surge a maior sorte da sua vida: ele é o único que se lembra dos Beatles. Assim o filme vai se desenvolvendo, trazendo essa hipótese da não existência da banda, mas focando em outros aspectos e tramas também, como o romance embalado por Jack e Ellie. Infelizmente, esse é um dos pontos fracos do filme, já que acaba sendo mais uma comédia romântica clichê e previsível, embora seja boa, apenas não surpreende e ainda te deixa angustiado em alguns momentos (vocês vão entender quando assistir).


Por outro lado, os atores brilham, com destaque para Lily James que entrega o seu melhor, mostrando todo o amor e paixão da personagem, além de Himesh Patel que oferece uma atuação sincera e singela, mas encantadora, assim como a banda dos meninos de Liverpool. Outro destaque é a crítica que o longa faz à indústria da música, sendo representada pelo papel do cantor Ed Sheeran, que serve até como uma reflexão para a derrocada da banda inglesa, o quão maçante ela é por atribuir valor comercial à obras que são pura emoção. Falando nelas, as músicas não são problema, encaixam perfeitamente no momento certo, na hora certa. Você vai ficar tentado a cantar, é quase impossível ficar calado quando passa aquela que aquece seu coração, no caso praticamente todas.



O filme é bom? É. Vale a pena ver? Com certeza. Pode não ser o melhor do mundo, mas a emoção compensa, as risadas também, ainda mais porque te leva a pensar “e se realmente os Beatles não tivessem existido?”, você vai começar e terminar o filme com essa interrogação. Não para pensar, nem imaginar. Ressalto também que existe uma cena em particular que tenho certeza que vai deixar qualquer um, fã ou não, emocionado, é de apertar o coração e de fazer chorar, um presente a todos que prestigiam até hoje a boa e velha música, a paixão que esses meninos cantaram. De uma forma despretensiosa esse filme vai te conquistar, você vai ver.

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