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Arquivo-x #04— She-ra: A princesa guerreira

She-ra é o alter ego de Adora, anteriormente comandante da Horda, princesa, umas das líderes da rebelião, símbolo de esperança e irmã de He-man. Criada para inspirar as meninas, assim como seu irmão inspirava os meninos da década de 80.





História


Na série clássica, Adora foi criado sob os cuidados Horda do Mal depois de ter sido capturada por Hodark em seu planeta natal, sendo separada de seu irmão Adam e de seus pais monarcas. Quando Adora cresceu, Hordak enfeitiçou Adora para que ela seguisse, passando a ser alienada, completamente obediente a Horda. Ela sempre se destacou em todas as atividades, sendo uma excelente líder e combatente, Hordak vendo seu grande potencial promoveu Adora à Capitã da Força da Horda.


Após um sonho, a feiticeira do castelo de Grayskull, desperta e entrega a missão a HE-man para encontrar a escolhida pela espada. Ele atravessa um portal e chega a outro mundo, Ethéria, se aliando logo a Rebelião que lutava contra às forças do mal.O primeiro encontro entre os irmãos não é muito amistoso, mas logo Adora começa a perceber a ligação que havia entre os dois, passando a enxergar também as maldades da Horda. Se libertando de todas as correntes, Adora toma a espada e diz a emblemática frase: PELA HONRA DE GRAYSKULL



Assim, Adora alia-se a Rebelião, passando a lutar incansavelmente como She-ra, em prol da justiça, do bem, protegendo todos e impedindo o avanço da horda. Seu irmão He-man pede para que ela retorne ao seu planeta natal com ele, Etérnia, mas ela promete que não desistirá de Ethéria enquanto ela não for liberta, ficando no planeta para lutar e guiar a rebelião.


Já na atual série da Netflix, Adora também é adotada pela Horda, mas não há ainda explicações sobre seu passado, nem alguma relação com He-man. Ela cresce e também vira Capitã da Força, até que um dia a espada chama por ela. Temos o mesmo processo, She-ra transforma Adora e lhe mostra a verdade, assim ela se torna uma das líderes da Rebelião.


Poderes e habilidades


She-ra possui grande força física, sendo capaz de arremessar uma lua no espaço sem muito esforço ( Thanos ficaria com inveja), é também muito ágil, além de ter resistência sobre-humanas. É também uma excelente espadachim, consegue se comunicar através da telepatia com alguns animais e também consegue curar feridas ao colocar suas mãos sobre o local.



Sua espada se transforma no que ela quer, como mostrado na recente segunda temporada da Netflix. Em alguns episódios da série clássica também é possível notar que suas habilidades aquáticas também são mais afloradas, nadando com uma velocidade invejável. E para ajudar a guerreira em suas aventuras e batalhas ela conta com a ajuda do brilhante Ventania, o cavalo/ unicórnio mais carismático da televisão.


Mídias


A guerreira apareceu primeiramente numa linha de brinquedo dedicada ao He-man e os mestres do universo que logo virou animação e quadrinhos. Para surpresa dos fabricantes, a venda da boneca ultrapassou a da Barbie e reviveu a Mattel economicamente. Então a Filmation, responsável pelo desenho do He-man, juntamente com a Mattel resolveu dar vida a Adora, a princesa guerreira, já que 30% do público de He-man era feminino.



Logo que começaram a produção descobriram que havia um livro com uma protagonista com nome parecido ao da heroína, Sheera, da autora Barbara Hambly. Para resolver problemas futuros, como concorrência, as empresas compraram os direitos autorais da obra.


A primeira animação de She-ra foi um copilado dos 5 episódios iniciais da sua série, denominada “O segredo da espada”, estrando em março de 1985. Com o sucesso do filme a série foi se desenvolvendo, ganhando duas temporadas e 93 episódios, exibidas originalmente de 9 de setembro de 1985 a 5 de dezembro de 1987, nos Estados Unidos. Entre os profissionais envolvidos nesse projeto estavam o grande Paul Dini e J. Michael Strackzynski , hoje amplamente reconhecido pelos leitores de quadrinhos, lendas vivas. No Brasil a série foi exibida em vários programas infantis, dentre eles o programa da Xuxa que teve seu maior pico de audiência quando She-Ra encontra He-Man pela primeira vez



She-ra já esteve na Terra! No especial de Natal de 85, ela e seu irmão vem à Terra em busca do mago Gorpo e acabam se apaixonando pelo Natal, nessa aventura conhecem duas crianças que levam para conhecer Etérnia.


A guerreira chegou aos quadrinhos em 85 também, em “miniquadrinhos” que vinham acompanhados nas embalagens das figuras de ação. Seis dessas histórias tiveram sua versão em português quando os brinquedos foram lançados pela empresa Estrela. Mas sua produção se estendeu para outras mídias, virando até tirinhas de jornais. Em 1988, a editora Abril publicou a hq “She-ra” de janeiro a dezembro. E só em 2013 que ela voltou aos quadrinhos, nos EUA, pela Dc comics.



Recentemente a guerreira voltou as telinhas pela Netflix, estrelando sua própria série, que até o momento não teve nenhuma relação com He-man, ela é 100% protagonista. A nova série revolucionou o visual clássico, eliminando a hiper-sexualização, trazendo mais diversidade para os personagens e dando mais voz a alguns, desconstruindo padrões e se tornando uma das melhores animações do momento. Foi revelado recentemente que Adora ganhará uma hq solo inspirada no seriado, tendo data de lançamento prevista para o próximo ano (2020)


She-ra é considerada um ícone gay, sendo que sua abertura da série clássica é amplamente tocada em casamentos homo afetivos, além de praticamente 100% dos shippers da série serem de casais homossexuais. A série atual aborda o tema com maestria, sutileza e naturalidade, dando lugar às minorias, com uma excelente representatividade.



Indicação


Quer conhecer mais a princesa guerreira? Então é só ver a animação da Netflix, perfeita não tem palavra melhor para definir melhor o seriado. E aproveita que a segunda temporada acabou de lançar e em breve teremos resenha com análise e comparação com a She-ra clássica aqui no site. Vale ressaltar também o protagonismo feminino da série, a exemplo da Cintilante e das outras princesas que brilham por si só, e também da desconstrução do conceito de “masculinidade” e o Arqueiro faz isso muito bem. Realmente perfeito!


Adora é um exemplo de força e determinação, mesmo quando lutava em favor da Horda se empenhava para defender o que achava “certo”, logo seu senso de justiça mudou e então ela se transformou na princesa guerreira She-ra.



She-ra não é a princesa indefesa, juntamente com as demais princesas, ela representa essa onda de mulheres corajosas que lutam pelos seus ideias, pela justiça e pelo direito de todos de serem LIVRES. Assim como She-ra e todas as outras princesas devemos ter coragem para lutar pelos nossos ideais, clamar e reclamar os nossos direitos, tendo a esperança que a vitória virá!


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