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[resenha] shazam: o poder da esperança


Paul Dini é maravilhoso. Alex Ross é perfeito. Agora imagina esses dois fazendo um quadrinhos juntos? Sim, é a oitava maravilha do mundo. E é isso que acontece com "Shazam: O poder da esperança" uma história imperdível para todos os admiradores de super-heróis. Não vamos dar spoiler, queremos mesmo que vocês leiam essa história, desejamos que se surpreendam e se emocionem com essa obra belíssima.



O quadrinho começa mostrando os deveres de um herói, no caso o do Capitão Marvel, mas logo somos apresentados a outra face da história, a criança que reside em Shazam, Billy Batson. É legal ver como o ser "herói" influencia no cotidiano de Billy, nas responsabilidades, no peso que ele carrega e as reflexões geradas a partir dessa análise vale para todos os heróis possíveis, mostra o lado humano por detrás das máscaras e capas, o desgaste que isso acaba gerando também, ainda mais em Billy que é uma criança e a hq vai explorar justamente isso, o ser criança.


"As crianças são as mais impressionáveis, porque são elas que acreditam fervorosamente. Tal qual uma pequena chama, a fé das crianças arde resplandecente. Porém, ela deve ser acalentada para não se apagar."

Calma, as reflexões não param por ai. A história vai passando e nos deparamos com uma situação curiosa que também faz parte da vida do herói, os fãs, e é interessante ver a maneira como Billy lida com isso, novamente o roteirista explora seu pensamento infantil e somos levados de volta a infância também, nos colocamos no lugar dele e concordamos "é isso que eu faria também". Toda a história vai percorrer esse conflito herói x criança, Billy x Shazam, e contamos com a participação do Mago para deixar a história ainda mais reflexiva. A relação dos dois também é muito bem explorada e o diálogo é incrível, realmente inspirador.


Mas mesmo com toda essa responsabilidade de salvar o mundo todo dia, Billy não perde sua essência, é divertido poder ver ele usando o Capitão Marvel para se safar de algumas situações, mantendo o pensamento infantil sobre algumas coisas. Isso torna a leitura deliciosa, você começa a ler e quando vê está sorrindo e rindo das aventuras e façanhas do garoto.


"É nessa hora que você deve ser mais forte. Não apenas por si próprio, mas por todos aqueles que encontram inspiração em tudo que o Capitão Marvel representa."


Contudo, o ápice da história vem quando Billy visita um hospital, pode parecer besta, mas é um tamanho feito heroico, a evolução que Billy tem como personagem nesse momento é grandiosa, nós nos sentimos na pele dele, na pele do menino e do herói, conseguimos nos ligar tanto a ele quanto as crianças do hospital também... é emocionante (como prometemos, não vamos dar spoiler, mas quando tiverem lendo essa parte tenho certeza que vão lembrar da gente, é emocionante). É nesse momento que podemos ver claramente a separação entre Billy e Shazam, mas ao mesmo tempo podemos ver a conciliação dessas duas partes muito importantes e ambas poderosas, e o melhor de tudo, podemos ver Billy voltando a ser criança.



Além disso, somos agraciados com um roteiro impecável do Paul Dini que acrescenta toda esse ar reflexivo, nostálgico e heroico, fazendo o leitor se sentir na pele do personagem, e você que tem costume de ler quadrinhos pode até se assustar com a ausência de balões na hq, mas isso só deixa a história ainda mais charmosa e harmoniosa com os desenhos. Ademais, a leitura também vale a pena pelo simples fato de ser toda ilustrada pelo Alex Ross, é hipnotizante, você fica até perdido, decidindo se lê a história ou se contempla as artes. As ilustrações são perfeitas, as cores são lindas e isso deixa tudo ainda mais inspirador.


O quadrinho vale a pena? VALE, com toda a certeza e volto a dizer, é uma leitura imperdível para qualquer fã de herói. Infelizmente no Brasil, para ter acesso a essa obra você deve adquirir a obra "Os maiores super-heróis do mundo", uma hq P-E-R-F-E-I-T-A da Panini, recheada de histórias fantásticas, mas que acaba tendo um preço salgado, porém mesmo assim vale a pena economizar o dinheiro do hambúrguer e adquirir esse quadrinho dos deuses.


No fim, somos apresentados a grande moral da história: a esperança que Shazam ascende em cada um, e me incluo nisso, é algo que tem poder de transformar e mudar vidas. O título faz jus a história. Não há poder maior do que a esperança.


Por: Raíssa Andrade


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